Meninas, o vintage é uma das tendências mais fortes da indústria do casamento. O estilo está presente nos vestidos de noiva, nas decorações e também nas joias. Muitas noivinhas me perguntam de onde vem essa onda, que trás para o universo bridal uma atmosfera mais clássica, suntuosa e romântica. Se você também tem essa curiosidade, então esse post é para você! Vamos lá?
O vintage tem origem na Era Vitoriana, que foi marcada pelo grande prestigio da burguesia em função da prosperidade econômica e do comercio. O período que vai de 1837, com a coroação da Rainha Vitória, até 1901, com a sua morte. Vitoria é tataravó de Elizabeth II e amava joias. Sua paixão por gemas e metais preciosos, assim como suas preferências estéticas, influenciaram os joalheiros da época e os costumes da sociedade. Quando a Rainha Vitória ganhou do Príncipe Albert um anel de noivado em forma de serpente, esse modelo decorativo ganhou força, se difundindo em várias partes do mundo.
Antes de Vitória, o matrimônio era visto como um arranjo comercial e o vestido da noiva servia para mostrar à sociedade que as famílias tinham posses. A cor da roupa não importava até 1840, período que este ritual mudou. Apaixonada por seu primo Alberto, príncipe de Saxe-Coburgo-Gotha, para representar a pureza dos seus sentimentos, Vitoria escolheu um vestido e um véu branco, além de flores de laranjeiras para adornar seus cabelos. O impacto desse casamento na sociedade da época foi tão grande que todas as noivas passaram a imitar a rainha. O casamento arranjado passou a ser rejeitado em prol do amor e o branco foi instituído como a cor oficial das noivas.
Outra moda que veio dessa época são os camafeus, uma das joias preferidas da rainha, Eles se tornaram símbolo da tradição vitoriana do “Grand Tour” – uma viagem que as pessoas de classes mais altas vão para o norte da Europa para experimentar a arte, a cultura e o clima ameno da Itália e da Grécia. Os camafeus passaram a adornar colares, anéis, brincos e pulseiras, esculpidos na lava de cor terrosa do Vesúvio.
A rainha Vitória também pode tem o crédito de popularizar a pulseira com berloques colecionáveis. Ela foi a precursora, oferecendo a joia de presente para seus parentes e amigos, com pingentes que retratavam a personalidade e os hobbies dessas pessoas. Em 1861, o príncipe Albert morreu, e novamente a rainha influenciou a direção do design de joias. Ela entrou em luto permanente, vestindo apenas roupas pretas e joias com gemas negras até o fim de sua vida. Tem história de amor mais comovente do que essa?
Beijo, beijo, meninas!
Miguel Alcade