Mais uma tiara histórica está chamando a atenção do mundo, meninas. Dessa vez se trata de uma joia encantadora, que tem como destaque a beleza e suavidade da água-marinha. A peça ganhou destaque no mundo do luxo após a Christie’s anunciar que levará a peça ao leilão do evento Geneva Magnificent Jewels, que acontecerá em maio. Luxuosa, a raridade pertenceu à princesa Alexandra de Hanover e a Cumberland e tem uma estimativa de pré-venda que ficará entre US $ 230.000 a US $ 340.000.
Fabricada em 1904 por Fabergé, a tiara foi encomendada por Frederick Francis IV, grão-duque de Mecklenburg-Schwerin, como presente de casamento para sua noiva. O grão-duque escolheu a Fabergé com o incentivo de sua mãe, a grã-duquesa Anastasia Mikhailovna, da Rússia, uma ávida colecionadora das joias da tradicional e mais famosa joalheria russa.
Eu gosto bastante do design dessa tiara porque ela transmite um luxo delicado e romântico. Imagino o quanto ficaria linda em uma noivinha mais delicada e feminina. A peça apresenta nove águas-marinhas magníficas, todas lapidadas em formato pera. Para complementar a sua beleza, a joia ostenta também diamantes cravejados em uma estrutura de flores miosótis, num trabalho bem delicado de joalheria, amarradas com laços de fita, que simbolizam o amor verdadeiro e eterno. As flechas perfuradas representam o cupido e são um sinal de carinho, atração e afeição. Nada mais romântico, não é mesmo?
E vejam só que tragédia… Pelo que consta, a tiara não ficou pronta a tempo do casamento devido a um atraso no retorno da correspondência entre o grão-duque e Eugène Fabergé, que estava projetando a peça. Em vez disso, a princesa usou na cerimônia a tradicional coroa nupcial hanoveriana que pertencia a sua família há mais de um século.
Hoje, joias como essa ultrapassam o conceito de vintage: têm valor monumental por sua história e toda a representação que tiveram na vida de personagens inusitados. Por isso, a expectativa é de que colecionadores ávidos por peças nesse estilo tentem arrematar o item luxuoso. São peças especiais, feitas para colecionadores poderosos, mas que servem para inflamar o nosso desejo não apenas pelas joias, mas também pelas histórias de amor que acompanham cada uma dessas peças.
Beijo, beijo!
Miguel Alcade