Grandes mudanças costumam ser lentas como o crescimento de uma árvore. A gente vê só uma mudinha, mas enquanto isso ela está se desenvolvendo para baixo da terra, criando as raízes que darão sustentação ao seu crescimento. Com os diamantes sintéticos tem sido assim. Era apenas uma ideia no horizonte, mas encontraram adubo em um mundo que pensa cada vez mais precisa pensar em sustentabilidade.
Desde que lancei minha empresa eu trabalho com gemas fabricadas em laboratórios como uma alternativa ecológica e economicamente viável para a realização de quem sonha com joias exuberantes. Essa tendência agora está cada vez se consolidando mais no mercado joalheiro mundial. Segundo pesquisas do setor, até 2030, um a cada três diamantes que chegará ao mercado será produzido pelo homem.
Se chegaremos a esse número, não sei, mas acho ótimo que vocês, meninas, tenham a cada dia a liberdade de escolher o que desejam. Evidentemente os diamantes naturais vão perder a sua magia. Afinal, são pedacinhos preciosos que foram formados a milhares de anos no interior da crosta terrestre. É praticamente como ter um pontinho da centelha divina junto com a gente. Realmente se trata de algo incomum, carregado de muita força, uma fonte de luz natural e rara.
Para quem não abre mão deles, hoje a tecnologia também apresenta benefícios consideráveis, como por exemplo, colocando a nossa disposição uma série de ferramentas que nos possibilita saber exatamente de onde veio a pedra. Para fechar o cerco contra mineradoras que exploram o trabalho clandestino e desumano, hoje os diamantes são rastreados por laboratórios competentes. Algumas empresas já passaram a oferecer diamantes com um “passaporte eletrônico”, que inclui informações sobre as características da pedra, sua idade, local e data de extração, quando e onde foi cortada, e o nome e antecedentes do artesão por trás dela.
Não é muito bacana essa evolução, meninas? Vejo com o futuro com um olhar positivo, pois esses passos já demonstram que o caminho da ética e do respeito ao próximo deverão estar em pauta no nosso cotidiano e das empresas. Que assim seja e para o bem de todos, amém!
Beijo, beijo!
Miguel Alcade