Se tem uma coisa que aprendi com a joalheria é: as boas joias são atemporais. A moda pode mudar, as tendências de comportamento, a tecnologia, enfim, mas um bom design sempre permanece. Basta olharmos para a história da joalheria para comprovarmos que esses mimos de luxo são realmente eternos.
E fico muito feliz quando olho para a minha trajetória como joalheiro ( e lá já se vão mais de XX anos nessa área), e me deparo com peças que conquistaram a grandeza de pertencer a essa gama de joias atemporais. Em especial, me refiro aqui ao meu Laço 01, meu xodó, o primeiro pente de laço que criei.
Essa joia tem um valor muito especial para mim porque representa o início da grife Miguel Alcade, a quem eu dedico minhas melhores inspirações, a maior parte do meu tempo e o meu amor mais verdadeiro.
Sempre fui fascinado por laços, e me inspirei neles para criar a Coleção “Laços de Santo Antônio”. Os laços me fascinam por sua beleza, sua leveza. Eles me remetem as formas delicadas e curvilíneas das mulheres, que delicadamente vão nos envolvendo, e quando vemos, já estamos completamente envolvidos por eles.
São símbolos de união por representarem um atar que une, mas sem sufocar, como o nó. Vale relembrar aqui a frase do poeta Mario Quintana: “O amor é isso. Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço”. É o que desejamos do nosso parceiro de alma, que nos ame, mas não nos aprisione, que seja companheiro, sem jamais abafar a nossa estrela.
Em tempos do “novo normal”, esse laço (diga-se de passagem, que tem sido muito copiado por ai, mas sem a mesma graciosidade e leveza), mantem brilhante a sua mensagem de amor, união e respeito. Continua atual, dialogando com a nova era e, agora, revelando ainda mais a sua mensagem: que o amor nos ate, nos una, que envolva toda a humanidade em um laço de fraternidade e esperança.
Beijo, beijo!
Miguel Alcade